O professor Jacques Austerlitz explora a estação ferroviária de Liverpool Street, em Londres, coletando material para suas pesquisas, quando é subitamente tomado por uma visão retrospectiva que talvez o ajude a explicar, não tanto a "arquitetura da era capitalista", seu campo de estudos, mas sim o sentimento incômodo de ter vivido sempre uma vida alheia.
A partir dessa experiência, suas andanças pelas ilhas britânicas e pelo continente europeu, sua mania fotográfica e sua memória minuciosa ganham ímpeto bem mais que acadêmico: Austerlitz passa a reconstruir a própria história, descobrir a própria biografia.
Para cumprir essa tarefa - ou esse destino - o herói do romance terá de ir e vir entre várias décadas, muitos países e os cenários mais díspares: um lar protestante no interior de Gales, um internato britânico, uma biblioteca em Paris, fortificações, palácios, campos de concentração, monumentos e banheiros públicos.
No fim dessa viagem - que converterá a biografia mais íntima do professor inglês em cifra da história européia no século XX -, está o momento em que tudo começou, com outros nomes, em outra língua, numa outra estação ferroviária, quando os horrores da Segunda Guerra e do Holocausto começavam a se anunciar.
Explorando temas como a perda, o desolamento e a inquietude mental, e misturando gêneros como as memórias, a história e a literatura de viagem, a prosa de Sebald foi imediatamente saudada no mundo todo por desafiar os limites da ficção.
Como em todos os seus romances, o texto de Austerlitz é também costurado por uma série de fotografias quase enigmáticas: objetos, cartões-postais e lugares não identificados não são meras ilustrações da história - através delas, o autor parece sugerir algo mais.
"Sua narrativa sobre a odisséia de um homem durante os anos negros da história européia é uma das mais comoventes e verdadeiras do pós-guerra. Sebald é o Joyce do século XXI." - The Times "Será ainda possível a grandeza literária?
[...] Uma das poucas respostas disponíveis é a obra de W. G. Sebald." - Susan Sontag "Uma reflexão extraordinária sobre o tempo e a perda. Um jeito novo de escrever, que combina ficção, memória, relato de viagem, filosofia e muito mais [...] A grandeza ainda é possível na literatura..." - John Banville, Irish Times
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Autor(es) | |
Editora | Companhia das Letras |
Idioma | Português |
ISBN | 8535912010 9788535912012 |
Formato | Capa comum |
Páginas | 288 |
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