Livro Flauta de Papel

Um dos mais importantes autores brasileiros, Manuel Bandeira evoca em Flauta de papel, que surgiu como parte das Crônicas da província do Brasil, editado em 1937, e das crônicas escritas posteriormente para o Jornal do Brasil, um mundo muito seu: paisagens da infância, lembranças curiosas sobre a vida e a obra de Machado de Assis, personagens do seu convívio, nacionais e internacionais, colegas de ofício ou amigos como Jaime Ovalle.

Publicado pela primeira vez em 1957, dessa segunda edição de Flauta de papel, que a Global Editora acaba de levar às livrarias, foram retiradas apenas as 13 crônicas iniciais que pertenciam ao Crônicas da província do Brasil.

As demais aparecem com a mesma disposição organizada na primeira edição por Manuel Bandeira, que deixou registrado na nota "Advertência" sua definição acerca do título: "Chamei ao volume Flauta de papel, querendo significar, com tal título, que se trata de prosa para jornal, escrita em cima da hora, simples bate-papo com amigos".

Com 46 crônicas, em cada crônica deste Flauta de papel encontramos um convite inesquecível à contemplação da vida cotidiana. Bandeira escreve como se estivesse ao nosso lado, ou do outro lado da esquina, num café ou numa praça, disposto a engrenar um novo assunto, sempre muito afiado nos seus temas, para mais um dedo de prosa.