Livro O Marujo

“O futuro é um navio que não sai do lugar.” Esta é a perspectiva de quinze tripulantes — todos da América Central — a bordo de um navio destruído em um cais desativado do Brooklyn.

O marujo é Esteban, um jovem de dezenove anos, veterano da guerra sandinista que se deixa iludir pelo antigo sonho de uma vida melhor em uma terra desconhecida. O que ele ainda não sabe é que o sonho de liberdade será seu novo cárcere.

Sua viagem com destino aos Estados Unidos, para integrar a tripulação de um navio cargueiro, o Urus, é uma grande emboscada. A insólita realidade de um navio depredado, sem condição de seguir viagem e até mesmo sem comunicação, faz dos tripulantes prisioneiros sem direito a sonhos, dinheiro e mesmo a nacionalidade.

A situação irregular, como imigrantes ilegais em solo norte-americano, impede-os de viver na América e, vista de longe, desde um fétido navio fantasma, Nova York se torna ainda mais fascinante e misteriosa aos olhos destes marinheiros.

O autor coloca à prova seus personagens que vivem situações-limite de abandono, perda e traição. O Urus é a realidade em resposta ao sonho de Esteban, um barrio hispânico esquecido em um píer desativado do Brooklyn; em uma fábula moderna sobre a cultura imigrante da América.

“Uma viagem de condenados, ainda que em um navio que nunca sairá do lugar, é a estrutura desta poderosa narrativa (...) um seco retrato da vulnerabilidade e da coragem humanas.

Embora esta certamente seja uma saga sobre traição e exploração, Goldman mantém um cauteloso otimismo a respeito da engenhosidade dos homens empurrados ao limite do desespero e da busca determinada tanto de amor quanto de uma nova vida em uma terra desconhecida (...) este romance, inspirado em fatos reais, deverá garantir a Francisco Goldman um lugar de destaque no cenário literário.” — Publishers Weekly “Não há como recomendar suficientemente este livro.

O autor é completamente fascinado pelo tema e fez um trabalho magnífico. O marujo honra o gênero, produzindo mundos vívidos e misteriosos, raramente vistos mas sempre presentes. É simplesmente maravilhoso.” — Washington Post