Livro Viagem a Ixtlan

Do mesmo autor do best seller A Erva Do Diablo Durante dez anos Carlos Castaneda foi aprendiz do índio da tribo yaqui dom Juan Matus, com quem descobriu que os feiticeiros possuem uma visão diferente do mundo.

O aprendizado do autor consistiu em estabelecer essa realidade desconhecida para ele, desvendando-a e acrescentando partes cada vez mais complexas: “Limitei meus esforços unicamente em considerá-lo dom Juan Matus um feiticeiro e adquirir parceria no conhecimento dele”.

Castaneda apresentou seu aprendizado em duas obras anteriores: A erva do diabo e Uma estranha realidade. Enquanto os dois livros se preocupam em descrever o uso e o efeito das plantas alucinógenas, Viagem A Ixtlan encerra o período de iniciação nos “ensinamentos”, relatando com clareza e contundência todos os passos do seu longo aprendizado como brujo.

“Revendo todos os meus apontamentos de campo, ficou claro que dom Juan me mostrara a maior parte da nova descrição bem no princípio de nossa ligação, o que ele chamava ‘técnicas para parar o mundo’.

Eu tinha desprezado essas partes dos apontamentos em minhas obras anteriores porque não pertenciam ao uso das plantas psicotrópicas. Agora, eu as reintegrei corretamente no âmbito total dos ensinamentos de dom Juan, e elas compreendem os primeiros 17 capítulos desta obra.

Os três capítulos finais são os apontamentos de campo que abrangem os acontecimentos que culminaram no fato de eu parar o mundo”, esclarece o autor. O aprendizado permitiu a Castaneda vislumbrar uma nova idéia de mundo, de maneira convincente e autêntica, o que o tornou capaz de obter uma nova percepção do mundo, de acordo com sua descrição: “Todos os passos só podem ser compreendidos em termos da descrição a que pertencem; e como é uma descrição que dom Juan procurou me mostrar desde o princípio, devo deixar que os ensinamentos dele sejam a única fonte de ingresso nela.

Assim, deixei que as palavras de dom Juan falassem por si.”