Livro Dialogo Sobre a Natureza Humana

O Caderno H, de Mario Quintana, tem uma longa história. Começou a ser publicado na revista Província de São Pedro, de Porto Alegre, em 1945. Foi, inclusive, com parte desse material que Quintana, em 1948, montou seu livro de poemas Sapato florido.

Ainda em 1945, Quintana escreveu o livro Espelho mágico, com poemas em prosa ou prosa poética, que só seria publicado seis anos depois, em 1951. O Caderno H, contudo, continuou a sair a partir de 1953, quando Quintana ingressa no jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, na página literária dos domingos.

Mas somente em 1973 o poeta selecionaria desse amplo material os fragmentos que comporiam a primeira edição em livro do Caderno H, publicada pela Editora Globo. Desde essa data, as diversas reedições da obra confirmam-na dentre as que mais interessam ao grande público do autor.

Na bibliografia de Quintana, o Caderno H liga-se diretamente a Espelho mágico, pois ambos experimentam a prosa poética ou o poema em prosa, privilegiando a forma epigramática como visão da realidade.

O Caderno H também torna visível que o poeta se interessou por essas modalidades de forma por toda a vida, ao mesmo tempo que continuava praticando a poesia em versos livres ou de formas fixas como o soneto, destilando por quase trinta anos sua obra em epigramas e prosa.

No Caderno H o leitor poderá encontrar virtualmente tudo: infância, lembranças, cenas cotidianas, o mundo dos objetos que nos cercam, meditações sobre o tempo e a poesia, Deus, desejo, morte.

Como um grande almanaque anual, nele se apresentam desde temas grandiosos ou graves até situações as mais comezinhas ou observações que privilegiam os aspectos marginais das coisas e da realidade.

E como corretamente salientou Paulo Rónai, a falta de ordenação dos fragmentos torna o conjunto ainda mais atrativo. Possivelmente porque suplementem a ironia subjacente a todo o projeto, desvinculando-o com clareza de uma organização normativa, hierárquica e sentenciosa.

Pela própria natureza dos epigramas, o livro é uma coleção inumerável de ditos mordazes, picantes, zombeteiros, mas tudo isso de forma leve, delicada e urbana, num cenário em que a ironia inclui, necessariamente, o próprio poeta, perplexo diante do nonsense do mundo, irmanado ao leitor.

Mas o que sobretudo surpreende é a capacidade de observações acuradas a partir de uma imagem pescada do cotidiano e que sempre esteve ali sem que a víssemos, que tocam questões de grande profundidade, quer filosófica ou estética, porque dizem respeito ao problema da representação.

Como em "O Relógio", que se resume à pergunta: "O relógio de parede numa velha fotografia está parado?". A presente reedição do livro, pela Editora Globo, na ‘‘Coleção Mario Quintana’’ (projeto coordenado pela profa.

Tania Franco Carvalhal, que prevê a publicação de dezoito títulos do autor, no rol das comemorações do centenário de seu nascimento, em 2006), inclui ‘‘Bibliografia do Autor’’ (obra editada no Brasil e no exterior, textos em antologias nacionais e estrangeiras, obras do autor traduzidas e obras traduzidas pelo autor), ‘‘Bibliografia selecionada’’ e extensa ‘‘Cronologia’’ de sua vida e obra.

Ficha Técnica do Livro

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Autor(es)
EditoraInstituto Piaget
IdiomaPortuguês
ISBN9727717241 9789727717248
FormatoCapa comum
Páginas88
Livro físico na

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